Informe publicado por O Olho Na Mídia
Esta semana, vários veículos, com destaque para a Folha Online e O Globo trouxeram farto material sobre o escândalo que envolve o exército israelense, com as denúncias de três soldados que relataram supostos abusos cometidos em Gaza. Enquanto não existe nada mais justo do que a publicação desta matéria, já que a notícia é importantíssima, o mesmo não se pode dizer do formato das mesmas que perderam o foco.O De Olho Na Mídia traz um dôssie completo sobre o caso, incluindo depoimentos de soldados outros que participaram na ação em Gaza, entre eles uma entrevista exclusiva com um brasileiro que participou da operação e hoje está no curso de oficiais do país e as revelações bombásticas do Jerusalem Post sobre o autor das denúncias junto ao exército e as possíveis motivações políticas por trás do ato.É fácil reconhecer a parcialidade dos veículos de mídia. Hoje a imprensa se entrega fácil. Você percebe de que lado o autor das matérias está, quando logo no começo dos artigos consta de forma sensacionalista o número de mortos no conflito, tirado obviamente do QG do Hamas. Diz a Folha Online, por exemplo: "O jornal publicou trechos de declarações de militares que lutaram durante a operação em Gaza realizada entre 27 de dezembro e 18 de janeiro deste ano e que deixou ao menos 1.300 mortos, entre eles ao menos 900 civis, além de destruir milhares de casas e a infraestrutura do território palestino". Perceberam como é ridiculamente fácil captar de onde vem a informação? Israel alega que os mortos não passam de mil e, pelo menos 700 são terroristas do Hamas, assim identificados. Porque isto não consta? Não, eu não estou dizendo para dar somente os números israelenses como verdades absolutas. Eu estou dizendo para INCLUIR os números israelenses. Apresentar AMBAS versões. Por exemplo: " O número de mortos no conflito varia entre 1.000 e 1.300. Os palestinos alegam que a maioria deles (900) é de civis. Israel diz que grande parte são terroristas (700)". Não é bem mais justo?Se vocês queriam uma prova patente de que lado a mídia está, eis ela aí. Pois o mantra da "maioria civis" e da versão única palestina, já contaminou grande parte da mídia nacional. A análise do título da matéria da FO também diz muito: "Soldados de Israel relatam assassinatos de crianças e vandalismo em Gaza". Será isso verdade?Não, isto é uma manipulação! Nenhum dos soldados relatou assassinato deliberado de crianças. O que disseram eles?Para ser preciso, existem duas acusações de assassinato gratuito de civis palestinos sob ordens explícitas de alegadamente agir desta maneira. Uma delas é a que o próprio Haaretz (diário israelense que trouxe a baila estas denúncias) deixou claro que foi uma morte acidental, quando duas mulheres confundiram a rota de evacuação que os soldados israelenses lhes deram e entraram na alça de mira do atirador de elite por engano. Mais ainda: o soldado que relatou isso, na sequência admitiu que ele não viu este incidente - ele não estava sequer em Gaza nesta hora - e estava apenas contando o que ouviu de rumores e boatos.A segunda acusação é baseada em um suposto incidente real onde, uma idosa se aproximou de uma unidade das Forças de Defesa de Israel e o comandante ordenou que ela fosse abatida porque estava chegando perto da linha vermelha e poderia ser uma mulher bomba suicida. O soldado que relatou esta história não disse se
a mulher desta história acabou sendo ou não atingida. De fato, desde que ele disse se tratar de uma "descrição do que aconteceu", aparentemente isso pode se tratar de apenas mais um rumor. E sua interpretação foi rebatida por outro soldado que disse: "Ela não deveria estar lá, porque houveram anúncios prévios e bombardeios. A lógica diz que ela não deveria estar ali. O modo como você descreve as coisas, como um assassinato a sangue frio, não é correto"Portanto, até agora duas atrocidades não atrocidades. E o que mais? Soldados murmurando - em conversas de quase impenetrável incoerência - que instruções de matar todos que permanecessem nos prédios designados como alvos terroristas depois que as FDI tivessem alertado todos dentro a sair são comparáveis a intruções de assassinato a sangue frio. Não deve existir um exército no mundo que não determinaria precisamente estas instruções nestas circunstâncias, onde o Hamas preparou toda a região com explosivos, ciladas e armadilhas. Portanto, cabe perguntar a Folha Online: Quais assassinatos camaradas? Acaso algum destes soldados relatou que saiu atirando a esmo em crianças na rua? Que o exército de Israel liberou carnificina e matança a torto e a direito? Vamos ser sinceros e menos sensacionalistas, ok ?Sequer - como mostrado acima - ainda se tem certeza de que estas histórias são reais. Tudo deve ser devidamente apurado. O que é real e conhecido são as atrocidades do Hamas, o uso de localidades civis como bases terroristas, o assassinato de adversários políticos da Fatah e de palestinos civis como "colaboradores" de Israel, incitação ao ódio contra judeus na televisão etc... Tudo isso é real, provado e palpável. Mas para que falar disso não? A correspondente do Globo, Renata Malkes vai mais longe em texto publicado em seu blog, "Israel Vai Denunciar Denúncias de Abuso em Gaza", ao afirmar em sua última linha: "A palavra do dia em hebraico é "bushá". (בושה) Em bom português, "vergonha".ERRADO! A palavra do dia é ORGULHO! Sim, ORGULHO! Ou alguém sabe das violações de direitos humanos do exército iraniano? Afegão? Iraquiano? Mesmo do exército americano nas duas guerras do Golfo e do Afeganistão? Alguém sabe? O exército de Israel tem uma cartilha de conduta preparada pelos melhores legisladores do país. Os soldados tem inúmeras restrições (cujos depoimentos mostrarão abaixo na sequência) de ação para impedir prejuízos a cidadãos inocentes. O país não bombardeia a esmo do alto para evitar perdas humanas. Avisa onde vai atacar. Usa tropas terrestres expondo seus soldados ao risco, indo de porta em porta para evitar perdas desnecessárias do outro lado. A conduta moral das FDI é amplamente conhecida. Se houveram desvios pessoais de um ou outro, isto acontece em uma guerra, por sua própria natureza, e porque todos são seres humanos faliveis. Nada foi jogado debaixo do tapete, as denúncias foram expostas na mídia, como a democracia e a livre imprensa de Israel faz jus. O país vai conduzir investigações e se houveram mesmo culpados, estes serão julgados e irão para cadeia, como já ocorreu com transgressores em outras oportunidades. Quantos países tem normas tão rígidas de condutas? Isto dá ORGULHO, não vergonha.Renata claramente pegou um lado nesta história e fez uso do sensacionalismo. Se ela tem espaço em seu blog para opinar e não ficar na história "seca" e quer ser mesmo imparcial, poderia ter comentado acerca das coisas faladas acima. Porque ela AINDA não trouxe nenhum dos inúmeros depoimentos que estão saindo na mídia israelense de soldados contando histórias de extrema conduta moral? Porque em sua matéria não apareceu um contraponto de soldados ou de oficiais da FDI defendendo a mesma? A matéria é de denúncia? Verdade. O assunto é relevante? Também. Mas isto não mata a lógica jornalística de ouvir ambos os lados. Que ela tivesse escrito 15 parágrafos com denúncias. Usasse, nem que fosse a tática padrão: UM e ÚLTIMO parágrafo para alguém que rebatesse o que foi dito. Mas NADA. Tomar francamente um lado foi mais fácil e interessante.Matéria de página inteira com acusações, que ainda não foram investigadas, sobre possíveis abusos cometidos por soldados israelenses na ação em Gaza. É interessante observar que em nenhum momento se diz quantos soldados teriam confessado seus abusos. Ao invés de elogiar a democracia israelense que está apurando todos os detalhes do fato, ela a usa para demonizar o exército inteiro. O importante de tudo isso é que os crimes gravíssimos do Hamas, inclusive o roubo de ajuda humanitária, foram publicados em notinhas de pé de página. Os motivos da ação israelense também não foram mencionados. E que por sinal continuam a acontecer e a ser ignorados: os foguetes contra civis israelenses. Cabe lembrar também que o desmentido
do suposto ataque à escola da ONU foi também publicado em um cantinho do jornal.O De Olho Na Mídia correu atrás e conseguiu um depoimento exclusivo para seus leitores. O entrevistado é um soldado brasileiro, naturalizado israelense, que participou na ação de Gaza e hoje está no curso para oficiais em Israel. Por razões de sigilo, ele pediu para não se identificar e concedeu a entrevista por msn direto da base. Segundo ele, por conta do treinamento não tem lido jornais e nem tido acesso aos noticiários, resultando disso que não sabia destas denúncias, que acabou por tomar conhecimento no momento da entrevista. Abaixo o que ele diz:"Olha, toda guerra gera ódio. Isto é um fato incontestável. Não é fácil estar lá de arma na mão no território inimigo exposto a tudo que vimos por ali. Pode ser que um ou outro tenha pirado, mas te garanto que na minha pluga ( tropa em hebraico) isto não aconteceu. Sim, aconteceram coisas que são desagradáveis e que lembrarei para o resto da vida. É duro, entende? Entrar na casa de um terrorista, cujo sotão estava entulhado de armas e explosivos e ter de berrar com ele, o amarrar e levar preso na frente dos filhos que choravam vendo a cena. Não vou esquecer fácil destas imagens. Mas sei que era a minha segurança e dos meus que estavam em jogo. Aquilo foi mais do que necessário. Mas é chocante.Olha, eu queria mesmo deixar algumas coisas passarem, mas decidi e prometi a mim mesmo que não farei isso. Um colega nosso, deixou uma criança passar sem ser revistada e resultado? Ela carregava armas que acabaram sendo usadas para lhe ferir e ele teve que amputar membros. Pode doer, mas vou revistar todo mundo sempre, crianças, seja quem for, sem distinção. Com o devido respeito e delicadeza, mas não vou deixar passar. Nós fomos instruidos a respeitar as casas das pessoas, minimizar danos materiais e civis. Nunca pichamos nada, não vandalizamos coisa alguma. Da minha pluga, eu ponho a mão no fogo"O depoimento do rapaz vem ao encontro de algumas dezenas de declarações semelhantes que tem aparecido na mídia israelense e que não são reproduzidas aqui. Enquanto os soldados que fizeram o relatório destas transgressões afirmaram que casas de terroristas foram pichadas com dizeres anti-árabes e que um soldado teria cuspido nas fotos de família em uma casa em Gaza, relatos de tantos outros soldados relembram ordens explícitas e que não são novas nas FDI: é proibido se tocar na comida das casas que estão em revista ou tomadas temporariamente. É proibido se tocar na água. É proibido dormir nas camas. Limpa-se e arruma-se tudo ao final das operações. Alguém imagina este tipo de comportamento em outro exército? Imagina soldados iraquianos, sírios, afegãos, ou até mesmo ingleses e americanos agindo assim? Pois é. Existem relatórios de conduta padrão das tropas. Não de desvios. Mas se põem na lupa estes últimos - que ainda estão sendo investigados para saber se se tratam de algo mais que boatos - e esconde-se a conduta regular do exército de Israel. Demonização. Pura e simples.Ai o passo seguinte é tentar transformar a operação em Gaza em "guerra santa" ao reverso. Uma das últimas acusações que teria vindo da boca destes mesmos soldados é que rabinos passaram diante das tropas as incitando a guerra. É óbvio que existem rabinos em Israel que vão as bases dar apoio moral aos soldados. Isto é o fato. Conhecido. Se ALGUNS deles - até agora totalmente desconhecidos e não identificados - extrapolaram, é coisa a se averiguar. Mesmo assim, eles NÃO MANDAM e não são o comando do exército israelense. Por enquanto, isso não passa de mais um boato, ou de exagero. O que é certo novamente são as pregações de xeques e mulás nas redes de TV do mundo árabe e nas mesquitas incitando o ódio aos judeus, mandando os fiéis cortarem suas cabeças com espadas e basta ver o estatuto do Hamas (que publicamos neste site em português) para entender o que o grupo e semelhantes pregam. Mas para que isso, se temos o "complô de rabinos a mão"?Na cola do esforço de "nazificar" o exército de Israel está a última denúncia trazida pela Agência EFE reproduzindo novamente o Haaretz: camisas com dizeres e desenhos anti-árabes teriam virado "moda" entre militares israelenses. Agora que "moda" é essa que consta de CINCO!!!! camisetas (é tudo que conseguiu se localizar até agora) e no máximo de algumas "dezenas" devidamente apreendidas pelo exército e sobre as quais se abriu um inquérito e se exige punição? Qual a fonte disso? O próprio jornal O Globo em seu artigo sobre a denúncia:"As Forças Armadas israelenses condenaram o uso de camisetas e disseram que quem usá-las responderá a inquérito. Não está claro quantas foram feitas, mas segundo o jornal foram confeccionadas algumas dezenas. Pelo menos cinco modelos foram feitos, numa fábrica em Tel Aviv".O fato é que tudo é uma questão de manipulação e de tentativa de criar uma cortina de fumaça para o fato de que a culpa toda deste conflito em Gaza foi do Hamas. Se Israel fosse mesmo um exército nazista e genocida, teria aguardado pacientemente oito anos de chuva de mísseis para agir? Se Israel quisesse dizimar a população palestina bastava cortar de VEZ (e não parcialmente em resposta a atentados) a eletricidade de Gaza e ainda a água que fornece a região. Economizava dinheiro e agia sem gastar UM SOLDADO. Se Israel fosse um país genocida, bombardeava a esmo do alto sem olhar o que está atingindo abaixo. Sabe quanto tempo duraria para morrerem 1.500 pessoas? Trinta dias como foi? Não, trinta segundos!!! Em uma das áreas mais densamente povoadas do planeta, onde os guerrilheiros do Hamas se imiscuiram entre a população civil, é um milagre que o número de mortos tenha sido esse.Não é como pensa Richard Falk, especialista da ONU que acusa Israel de crimes de guerra. A France Press/Folha Online demonstram seus argumentos para tanto:"Em um relatório apresentado nesta segunda-feira no Conselho de Direitos Humanos da ONU, o relator especial sobre a situação nos territórios palestinos, Richard Falk, pediu uma "investigação de especialistas" para determinar se, dado o contexto, os israelenses eram capazes de distinguir entre alvos militares e a população civil". "Se isso não era possível, então a ofensiva foi ilegal por natureza e constitui um crime de guerra da maior amplitude", escreveu no documento."O Hamas se misturar a população civil e usar
a infra-estrutura desta para lançar mísseis sobre Israel não é crime de Guerra. Israel se defender e que é. Falk vai em contra de qualquer lógica e das leis internacionais de guerra. Mas o que esperar dele? Vejam o que o jornalista Reinaldo Azevedo revela sobre a figura: "Entre outras delicadezas, este senhor é partidário da tese de que o 11 de Setembro foi uma trama americana — SIM, VOCÊS LERAM DIREITO — para prejudicar o mundo islâmico. Trata-se de uma delinqüência em altíssimo grau". Percebe-se como ele tem julgamento para entender o que se passou em Gaza...Dos inúmeros depoimentos e explicações de soldados israelenses nos últimos dias, separei algumas das coisas mais relevantes para demonstrar aos meus leitores o que é a ética deste exército que está sendo generalizado, vilipendiado e massacrado na mídia. Vejam só:"Um soldado da Brigada de Para-Quedistas que participou da guerra, afirmou que as denúncias são "nonsense". Falando em condições de anonimato, ele disse: "É verdade que na guerra, a moralidade acaba sendo interpretada de diversas maneiras, e sempre existe uns poucos idiotas que agem inapropriadamente, mas a vasta maioria dos soldados representou Israel honradamente e com alto grau de moralidade". "Por exemplo, em três ocasiões separadas, o comandante da minha companhia checou as mochilas dos soldados atrás de "lembrancinhas" que os soldados tivessem decidido roubar. Aqueles que pegaram as menores coisas, como doces, eram severamente punidos", disse. "Nós eramos proibidos de dormir nas camas dos palestinos, mesmo que nós não tivessemos acomodações alternativas, e não podiamos tocar em nada de suas comidas mesmo que já não tivessemos o que comer por dois dias""Durante um incidente, nós fomos informados de que uma mulher bomba suicida estava se encaminhando em nossa direção. Mas mesmo quando a mulher se aproximou de nós e cruzou um certo ponto limite, nós demos tiros para o alto ou perto da mulher para afugentá-la", o soldado relembra. "Mesmo quando cruzavamos mercadinhos desertos, nós sequer pensavamos em levar algo. Um soldado pegou um pote de comida, mas imediatamente recolocou no lugar assim que todos os outros gritaram com ele"O Major da reserva, Idan Zuaretz da Brigada Givati afirmou: "em todas as guerras sempre existe uma pequena porcentagem de soldados problemáticos, mas nós devemos olhar isso de uma perspectiva ampla e não nos focar em incidentes isolados". Zuaretz, um dos comandantes da companhia, também questionou a integridade dos soldados que fizeram as polêmicas declarações, dizendo, "se este era um assunto tão fervoroso para eles, porque se mantiveram em silêncio até agora? Em qualquer nível de ética e moral, eles eram obrigados a parar o que eles denunciam que estava ocorrendo e não esperar dois meses para serem ouvidos em um debate esotérico".De acordo com o oficial, as FDI fizeram grandes esforços e empregaram a mais avançada tecnologia a fim de evitar prejuizos as populações civis. "Eu vi muitas coisas na minha vida, mas mesmo eu me surpreendi pelo nível de profissionalismo apresentado pelo exército", Zuaretz disse. "Eu pessoalmente dei aos meus soldados uma ordem no dia em que nos retiravamos de Gaza para deixar todas as nossas provisões na última casa que ocupamos. Alguns reservistas foram além e deixaram um envelope cheio de dinheiro para uma família palestina".Quero aproveitar o gancho da dúvida de Zuaretz sobre a credibilidade do depoimento dos soldados para chegar na parte mais polêmica e bombástica deste texto. Existe uma grande possibilidade de que tudo isso seja uma farsa, orquestrada por alguém que quer levar adiante um projeto político as expensas da imagem de Israel. Como disse acima, os soldados já teriam dito quando inquiridos de novo que não viram os eventos e que tudo que relatam são fruto de "disse me disse...". Mas o fato pode ser muito mais grave. Ao saber a fonte que trouxe estas denúncias ao Haaretz, jornal de linha esquerdista de Israel, o evento ganha contornos de libelo. A denúncia é do Jerusalem PostDepoimento dos soldados: Uma Grande Farsa?A academia pré-militar, Yitzhak Rabin, em Jaffa, palco das conversas e sessões que deram origem as denúncias é dirigida pelo movimento kibbutziano. É a única academia pré-militar que é aberta e oficialmente esquerdista. Seu fundador e diretor, Danny Zamir foi encarcerado em 1990 por se recusar a servir em Nablus durante o auge da primeira intifada. Em 2004 ele permitiu que seu manifesto de 1990 conclamando os soldados a recusarem ordens fosse reeditado em um livro: Refusniks (tradução: aqueles que se recusam): Os Soldados da Consciência de Israel que depois foi republicado com introdução de Susan Sontag e recomendação de Noam Chomsky (dois notórios intelectuais americanos anti-sionistas). Perceberam: fácil arranjar agora boatos relatados por soldados de sua academia para levar adiante seu projeto político, vender cópias de seu livro e se expor na mídia, não?Mas vamos além. Não termina aqui.No seu programa de um ano de duração, os cadetes da academia Rabin são sujeitos a filosofia política pós-sionista que de acordo com fontes familiares com a instituição indocrinam eles a acreditar que Israel não tem o direito de existir como um Estado Judeu. Em uma recente conferência que a academia fez em parceria com a academia pré-militar Drusa, os soldados drusos expressaram sua surpresa por conta de eles se identificarem com Israel e o sionismo, enquanto seus colegas judeus da academia Rabin serem abertamente anti-Israel. Não termina por aqui...Vamos ao histórico completo:Mês passado, Zamir organizou uma conferência de seus ex-cadetes que estão agora servindo em unidades de combate das FDI. Lá, ele encorajou estes jovens soldados a que contassem a ele suas histórias de guerra. No que só pode ser comparado a uma confissão grupal comunista, Zamir relatou ao Canal 10 que estes jovens soldados eram encorajados a enxergarem suas ações em Gaza como imorais. Uma parte deles aceitou os termos do debate e passaram a descrever aparentes atos imorais que eles teriam alegadamente perpetrado em Gaza. Na maioria dos casos, os soldados de Zamir fizeram saber que eles não estavam presentes nas cenas dos eventos que eles descreveram. Estes incluem matar mulheres palestinas e crianças que entraram na zona de fogo e se comportar de maneira rude com os civis palestinos cujas casas os soldados capturaram durante as operações. Outros caracterizaram ordens éticas e legais - como o requerimento dos soldados de valorizarem suas vidas e a vida de seus companheiros mais do que a dos suspeitos de terrorismo - como imorais ou ilegais. Zamir afirma que ele levou estes depoimentos não-oculares as FDI e pediu que eles fossem investigados. Desde que ele se recusou a dar os nomes dos soldados envolvidos nos incidentes alegados e suas testemunhas oculares eram soldados que não foram testemunhas oculares, os oficiais da FDI que conversaram com ele, disseram que teriam grandes dificuldades em investigar. IRRITADO com esta resposta, Zamir publicou as revelações não-consistentes em seu memorando escolar e deu o boletim a dois repórteres de extrema-esquerda - Ofer Shelach do Canal 10 e Amos Harel do Haaretz. Em um ato de absoluta má prática jornalística, na sexta-feira a noite, Shelach apresentou os testemunhos anônimos como depoimentos oculares. Ele usou atores para lerem as declarações dos soldados como se fossem os próprios, e jamais deixou claro a sua audiência que as vozes que eles estavam ouvindo não eram as vozes destes soldados. Então ele atacou as FDI por se recusarem a levar estas denúncias a sério e por terem a "ousadia" de afirmar que a academia pré-militar Rabin é uma bem conhecida instituição esquerdista. Obviamente, que ele em momento algum mencionou que Zamir serviu uma sentença de prisão por recusar ordens e que recentemente, em 2004, ele contribuiu com um livro que explica porque as FDI são um exército imoral. Enquanto por sua parte, Harel publicou as declarações dos soldados no Haaretz. Na sequência, ele escreveu uma "análise" argumentando que as FDI não podem descartar estas vozes anônimas, porque, em sua visão, os soldados não tem "razão" para mentir. O fato de que eles não tem nenhuma prova de suas denúncias aparentemente é algo de nenhuma importância. Estupefatos, leitores? Admito que também fiquei. Agora caberá a Israel, como estado democrático que é, investigar e apurar o que há, se é que há algo, de verdadeiro nestas histórias. O mais importante para nós são três pontos que resumem tudo que disse ao longo deste dôssie e que explicam as falhas da nossa imprensa:1 - Tomar como verdadeira uma história ainda não completamente explicada. Falhar em não informar aos leitores que ainda existe muito a se apurar e vender os fatos como consumados.2 - Não salientar o outro lado das denúncias: o fato da democracia israelense estar agindo. A imprensa livre denunciou, e o governo israelense abriu inquérito, vai investigar e se necessário punir. Generalizar fatos, que se verdadeiros foram conduzidos por uma minoria e não são práticas habituais do exército.3 - Não relatar fatos, estes sim verdadeiros e comprovados de abusos em Gaza, de indocrinação ao ódio, de violação aos direitos humanos, de uso de escudos humanos, em proporções muito grandes, inclusiveem veículos de mídia, redes de TV, escolas e mesquitas oficiais da Autoridade palestina. É a inversão completa da história. Transforma-se o exército israelense em criminoso e os terroristas em vítimas indefesasO resto, é com você leitor! Tome providência, cobre, mãos a obra. Nada vai mudar se você ficar de braços cruzados....
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