
Por Joao Guisan Seixas
É pena que a esquerda actual seja tão pouco dialéctica. Marx foi sem dúvida uma das maiores mentes da história da humanidade. Resulta triste verificar que de todo o pensamento dele mal ficaram alguns tópicos torpes e pobres, quando o seu mais importante contributo, a dialéctica aplicada à história, parece ter desaparecido (se alguma vez tivesse estado!) da mente dos seus pretensos sucessores. Claro que, nestes dias em que Hamas convoca para o boicote a todos os produtos judeus, talvez a esquerda submissa o tenha interpret

Há pouco que visitei Sderot, a cidade israelita mais vezes atacada por Hamas. Todos os 50 metros havia um refúgio anti-mísseis, ao pé do qual os nenos de Sderot jogavam futebol. Comenta-se nestes dias, de forma mui demagógica e pouco dialéctica, a diferença ente o número de baixas civis do lado palestiniano e israelita, como se os mortos numa guerra pudessem dar ou tirar a razom nela. Mas, enquanto nos meses de trégua Hamas dedicou-se a perfurar o solo de Gaza para abrir túneis para o contrabando de armas e escavar silos para os seus mísseis, em todos estes anos nom tem construído nem um só refúgio anti-aéreo para a sua populaçom. Uma dirigente socialista, e segunda mulher da história a ser Primeiro Ministro, Golda Meir, aplicou assim a dialéctica: “O dia em que o amor dos árabes aos seus próprios filhos for mais forte do que o ódio aos seus inimigos, terá acabado o conflito árabe-israelita”.
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