"A esperança venceu o medo", afirmou Lula, diante de toda a imprensa nacional e internacional, ao ser confirmada a sua vitória nas urnas ao cargo máximo da Presidência da República. O medo a que ele se referia era o temor das idéias socialistas radicais petistas de seus primeiros 15 anos de existência, que depois foram adaptadas ao pragmatismo das transformações a que o mundo passou.
Em meados da década de 80, quando Gorbachov ensaiava a sua perestroika e o Muro de Berlim ainda estava em pé, o sociólogo e militante petista Maurício Waldman criou em São Paulo a Comissão de Assuntos Judaicos do Partido dos Trabalhadores (Caju), visando, entre outros projetos, mostrar para a comunidade judaica que o PT não era anti-semita, não recebia dinheiro da OLP e nem era contra a existência do Estado de Israel. Agora que o Lula chegou à Presidência, nada mais oportuno de que fazermos uma ampla reflexão sobre o que foi a Caju e o que ela significou para o diálogo dos judeus brasileiros com o PT.
Qual é a origem de sua família?
A origem das famílias do meu pai e da minha mãe estão enraizadas na Europa. Meu pai nasceu na Polônia e a família da minha mãe é de origem italiana. A família do meu pai é toda ela originária de Lagow, um schtetl situado numa região da Polônia conhecida como Kongresspolska, isto é, a Polônia do Congresso. A família do meu pai radicou-se em Lagow no século X, quando da mesma forma que muitas outras famílias judaicas, seguiu da Hungria para a Polônia a convite do então rei Kasimiro, que também era duque da Lituânia. Durante mil anos, esta pequena cidade foi o espaço de vida dos meus ancestrais paternos. Entretanto, juntamente com todos os seus moradores, este schtetl foi eliminado na voragem da Segunda Grande Guerra. Apenas uma irmã do meu pai, minha tia Ruth Kalish, sobreviveu ao Holocausto. Ela foi uma das sete mil pessoas que sobreviveram em Auschwitz, o terrível campo de concentração organizado pelos nazistas na Polônia. Relatos de família dizem que ela era pele e osso quando o Exército Vermelho libertou os sobreviventes. Fato notável referente à minha tia Ruth é que ela não aceitou sequer um marco de indenização do governo da Alemanha Federal. Quanto ao meu pai, Wolf Waldman, ele tinha sido um militante do Bund polonês quando jovem. Ele imigrou tanto pela falta de oportunidades quanto em razão da atmosfera opressiva implantada pelo nascente fascismo polonês, que tinha o anti-semitismo como item indissociável do seu programa político. Além dele, outros irmãos, Chil, Schloime, Jacó e David também seguiram para o Brasil. Todos os demais membros da minha família que permaneceram na Polônia, com exceção da tia Ruth, foram mortos pelos nazistas. Já a família da minha mãe veio bem antes para o Brasil. As raízes da família da minha mãe estão no antigo guetto de Veneza, que foi a terra da minha avó materna, Anna Brachman. Evidentemente, embora eu seja asquenazita, minha ascendência italiana me garante com toda certeza uma vertente sefaradi.
Onde e quando você nasceu?
Nasci na Capital paulista, no bairro do Brás, em dezembro de 1955. Nos anos 50, o bairro do Brás reunia uma coletividade judaica de certo vulto, quase todos comerciantes e profissionais liberais de origem polonesa, russa, alemã e romena. Esta comunidade mantinha diversas instituições, dentre as quais a sinagoga da Rua Bresser, onde celebrei o meu bar-mitzvá e que atualmente encontra-se fechada. Mais tarde mudei-me com a minha família para o Tatuapé. Sou atualmente morador do bairro da Aclimação, aonde vivo e mantenho o meu escritório de professor e escritor.
Você estudou em escola judaica?
Sim. Fiz parte dos meus estudos em um colégio judaico, a extinta Escola Israelita-Brasileira Luiz Fleitlich, no Brás. Esta escola foi fundada em 1937, funcionando na Rua Visconde de Parnaíba até os anos 60. Mais tarde, o prédio foi demolido no final dos anos 70 para abrir espaço para a atual estação Bresser do metrô. Foi lá que eu aprendi muitas canções judaicas e elementos básicos da religião e da história do povo judeu. Também estudei na escola estadual do meu bairro, o Colégio Domingos Faustino Sarmiento e posteriormente, no Colégio Oswaldo Catalano, no Tatuapé.
Como foi seu contato com o judaísmo e a comunidade judaica na infância e na juventude?
Desde muito pequeno eu tinha consciência de que era judeu. Minha família não era religiosa. No entanto, minha mãe e minhas irmãs sempre acendiam as velinhas de shabat. Minha família freqüentava apenas eventualmente a sinagoga. Ao lado de pratos brasileiros, também estava presente a culinária iídiche, que até hoje aprecio. Na minha infância, recordo-me que a referência forte sobre os judeus era o Holocausto e apenas secundariamente, o Estado de Israel. Em razão da guerra, que ainda era na época da minha infância um acontecimento historicamente recente, geralmente as pessoas tinham uma relação de proximidade e solidariedade com os judeus. Mas naturalmente Israel estava presente nas conversas e preocupações. A primeira vez que ouvi falar de Israel foi no pré-primário. O que é Israel? Perguntei um dia para a minha professora no Luiz Fleitlich, a morá Meire. "É a terra dos judeus", respondeu-me. Outros elementos identificatórios explicitavam-se no contato com não-judeus. Particularmente na escola estadual eu sentia a diferenciação quanto à minha origem. O meu sobrenome, Waldman, era totalmente diferente dos demais. Não sendo católico, eu, acompanhado de alguns outros colegas de classe, era dispensado de assistir aulas de religião. Havia igualmente o peso dos estereótipos. Como minhas notas eram boas, isto era interpretado como decorrência de minha origem judaica. Recordo-me igualmente de alguns momentos em que me senti alvo de estereotipias negativas. Este era o caso nas ocasiões em que o assunto era a crucificação e a "negativa" dos judeus em aceitar a mensagem de Cristo. Contrabalançando este ambiente não-judaico, freqüentei quando adolescente o movimento juvenil sionista, no caso, o Ichud Habonim, vinculado ao Mapai. No Ichud Habonim, eu participei de muitas machanot, jogava xadrez e praticava muitos jogos coletivos. Entretanto, nunca concordei politicamente com o Ichud, que já na época considerava demasiadamente de direita para o meu gosto. Ao mesmo tempo, era fascinado com o Estado de Israel e pensei muitas vezes em fazer a aliá com um projeto de esquerda. Também adquiri muitos conhecimentos sobre judaísmo e história judaica por intermédio de iniciativas próprias, autodidáticas. Li, por exemplo, várias vezes a Enciclopédia Judaica inteirinha, item por item. Também freqüentei a Casa de Cultura de Israel, aqui em São Paulo. Meu pai foi outra fonte de conhecimento judaico. Ele era muito inteligente e possuía uma notável carga de leituras. Ele sempre conseguia para mim periódicos judaicos, que lia corriqueiramente. Depois do meu ingresso na faculdade meu relacionamento com a comunidade ficou fragilizado. Porém, isto não significou para mim qualquer perda de identidade. Sou, fui e sempre serei orgulhosamente judeu e sempre que surge oportunidade esclareço as pessoas sobre a minha origem.
Como ocorreu o seu ingresso no PT?
Desde adolescente eu me senti irresistivelmente atraído por quatro concepções básicas: o nacionalismo, o judaísmo, o socialismo e o ambientalismo. Destas quatro inserções, o socialismo foi a matriz mais forte na minha juventude. Desde a adolescência me considerava um socialista. Lia freqüentemente livros, revistas e artigos de orientação marxista. Um aspecto importante era que muito da minha visão de mundo era inspirada pelos profetas judeus da Bíblia, livro que sempre li com assiduidade. Tornando-me adulto, passei a participar de várias mobilizações. Recordo-me vivamente do culto ecumênico em memória do jornalista Vladimir Herzog, celebrado na Catedral da Sé, nos anos 70, cerimônia na qual compareci de kipá. Comecei a me interessar pelo PT quando fazia o curso de Ciências Sociais na USP. Considerei o PT uma opção inseparável de minha trajetória política. Assim, militei em favor do PT nos momentos anteriores à sua própria fundação, terminando por filiar-me em 1986. No Partido, entre outras funções, fui presidente e Tesoureiro do Diretório Distrital da Vila Mariana (na capital paulista), gerente da Loja do DR-SP, administrador-geral do Diretório Regional do PT do Estado de São Paulo, coordenador da Sub-secretaria Estadual do Meio-Ambiente de São Paulo, membro da Coordenação Nacional dos Ecologistas do PT e integrante do Grupo de Trabalho do Oriente Médio, da Secretaria de Relações Internacionais do PT. Além disso, exerci diversas outras atividades, participando da campanha eleitoral de 1990 como candidato a deputado estadual, integrando diferentes comissões e assessorias e assumindo durante 15 meses, a Coordenadoria de Meio Ambiente em São Bernardo do Campo na gestão do prefeito Maurício Soares, que naquele momento integrava o PT. Ademais, como se sabe, fui coordenador da Comissão de Assuntos Judaicos do PT durante cinco anos, entre 1986/1990.
A este respeito, qual foi a motivação para a criação da Comissão de Assuntos Judaicos do PT?
O principal motivo que me inspirou foi a minha indignação no tocante à calúnia afirmando que o PT era formado por elementos anti-semitas. Lula particularmente era alvo destes ataques, muitas vezes entremeados com considerações maldosas quanto à sua origem popular. Atente-se que esta intriga respondia por dois motivos básicos: em primeiro lugar, o conservadorismo de largos setores da comunidade. Em segundo lugar, tínhamos a questão do Oriente Médio. O conflito árabe-israelense constituiu raiz de profundo mal-estar na comunidade judaica quando Airton Soares, candidato do PT de São Paulo no início dos anos 80, declarou que o Partido seria contrário à existência do Estado de Israel. Esta declaração irresponsável, que não refletia qualquer posição oficial do PT, motivou ainda outras intrigas, como a de que o Partido estaria recebendo dinheiro da OLP (Organização para a Libertação da Palestina). Eu ficava revoltado com esta forma extremamente baixa e vulgar de se fazer política, até porque era uma mentira deslavada. O mais incrível de tudo isto é que estas histórias corriam soltas num momento em que o Partido passava por notórios problemas financeiros e tinha na venda de bótons e de material promocional do próprio PT, além de doações de militantes e simpatizantes, o essencial da sua arrecadação. Eu mesmo tinha feito parte da parte da Comissão de Estadual de Finanças do PT, durante a campanha do Eduardo Suplicy para o governo do Estado em 1986, e enquanto um dos cinco responsáveis pelo dinheiro da campanha, jamais cheguei a ver sequer um centavo da OLP no caixa do Partido. Outro motivo que me incentivou a fundar um grupo de discussão judaico no PT era a falta de acúmulo de discussão quanto a temas judaicos no interior do Partido. Embora no Partido existissem, é evidente, vários militantes judeus, eu não percebia qualquer movimentação no sentido desta discussão florescer. Por isso mesmo, decidi juntamente com outros militantes judeus do Partido, criar a Comissão de Assuntos Judaicos do PT. Esta passou a funcionar a partir de 1986, vinculada diretamente ao Diretório Estadual de São Paulo. Na sua fundação, teve papel fundamental a atuação de José Dirceu de Oliveira e Silva, que então exercia o comando do Partido em São Paulo. Se houve alguém que colaborou com a formação da Comissão de Assuntos Judaicos do PT, este alguém foi o Zé Dirceu.
Houve outros judeus engajados no projeto?
Como ela funcionava? Fiquei muito contente no dia em que recebi um comunicado do José Dirceu aprovando, em nome da Executiva Regional, o funcionamento da Comissão de Assuntos Judaicos do PT. Foi assim que o PT tornou-se o único partido no Brasil com uma comissão de assuntos judaicos. A atuação básica deste grupo, uma vez que se tratava de uma comissão do Partido, consistia de reuniões periódicas desenvolvidas na sede do Diretório Regional do PT. Naturalmente, existiram outros judeus que participaram da Comissão. Recordo-me particularmente do Vitor Benda, do Sindicato dos Bancários e do Alexandre Leone, que atualmente exerce o rabinato nos EUA. Outros judeus petistas, embora não participassem diretamente, sempre apoiaram o trabalho da Comissão, como foi o caso do economista Paul Singer. Intelectuais próximos ao Partido manifestaram interesse em conhecer o trabalho da Comissão e em alguns momentos contribuíram com o trabalho desenvolvido pelo grupo. Este foi o caso, entre outros, de Maurício Tragtemberg e Boris Chnaiderman. Por outro lado, é importante assinalar que a Comissão de Assuntos Judaicos constituía uma instância do Partido, e assim, era aberta a participação de todos os militantes, judeus ou não judeus. Assim sendo, embora a maior parte dos participantes da Comissão de Assuntos Judaicos fosse formada por membros da comunidade, existiam não-judeus interessados pela discussão que ela desenvolvia. Para mim, a experiência da Comissão foi muito interessante, porque ficava perceptível a existência de um grande número de "hebrófílos" e a Comissão propiciava este espaço de discussão. Neste particular, recordo-me da atuação de Bergamo Pedrosa, do PT de São José dos Campos (SP) e de Antônio Hohlfeldt, de Porto Alegre (RS).
Quais as matrizes que pautaram a ação da Comissão de Assuntos Judaicos do PT?
As linhas políticas básicas do trabalho da Comissão de Assuntos Judaicos do PT foram explicitadas no documento "Teses de Atuação", apresentado em 1986 junto à Executiva do Diretório Regional do PT de São Paulo. Este documento, lastro de todas as atividades desenvolvidas pela Comissão a partir de então, estabelecia as seguintes linhas de intervenção: esclarecer o Partido com relação aos judeus; fortalecer a atuação do Partido junto às culturas minoritárias; fortalecer a atuação do PT junto à Comunidade Judaica e aprofundar o debate do Partido sobre a Questão do Oriente Médio. Uma das mais notáveis iniciativas da Comissão de Assuntos Judaicos do PT foi a realização do Seminário "A Questão Racial e a Esquerda", em agosto de 1988. O evento desenvolveu-se no Plenário Pedroso Horta da Câmara Municipal de São Paulo e agregou significativa participação e depoimentos muito interessantes, posteriormente transcritos e publicados no livro Política da Minorias - O Caso dos Judeus no Brasil, editado pela Fundação Mercado Aberto e pela editora Mercado Aberto(1). Até hoje, este livro foi o primeiro e único a ser publicado por uma comissão do PT, motivo pelo qual mesmo tendo me desvinculado do Partido desde 1993, sinto-me orgulhoso pelo trabalho desenvolvido pela Comissão.
Qual era a opinião geral da comunidade judaica na fase de maior radicalização do PT?
Era muito ruim. Um setor significativo da comunidade repudiava o PT. Naturalmente, esta posição não era compartilhada pela comunidade na sua totalidade e recorde-se, neste sentido, a existência de judeus militantes do PT desde a sua fundação.
Como a comunidade via o trabalho da Comissão de Assuntos Judaicos?
Creio que muito desta percepção pode ser avaliada a partir dos órgãos de comunicação da comunidade. Ao longo dos cinco anos em que exerci a coordenação da Comissão de Assuntos Judaicos do PT foram várias as inserções da Caju na imprensa comunitária. Além das revistas, a Comissão foi particularmente citada em um jornal comunitário que mantinha resoluta oposição a tudo que dissesse respeito ao PT. Neste particular, assinale-se que esta atitude incluía a atuação da própria Comissão. Freud explica! Este jornal tinha evidente dificuldade em explicar como um Partido designado de anti-semita mantinha em funcionamento oficial um grupo judaico. Por outro lado, registraria em particular uma entrevista publicada pela revista Emdá (órgão informativo do movimento juvenil comunitário Netzah Israel) que foi, na minha opinião, a mais elucidativa quanto ao trabalho da Comissão e a natureza das questões que esta procurou discutir dentro e fora do Partido(2). Recorde-se também que quando eu fui candidato em 1990, um número expressivo de judeus apoiou minha candidatura. Na ocasião, fui convidado para participar de debates na comunidade, conseguindo conquistar votos de jovens e estudantes universitários em particular. Em resumo, as opiniões relativamente à Comissão sempre foram balizadas, no interior da comunidade, em razão da inserção ideológica das pessoas e dos grupos e assim, pude coletar toda sorte de opiniões quanto à Caju.
Lula, José Dirceu e Suplicy acompanhavam de perto as atividades da Comissão de Assuntos Judaicos do PT?
Como o seu trabalho era visto pelos chefões do Partido? Não só os líderes, mas o conjunto do Partido sempre acompanhou o trabalho da Comissão. Em primeiro lugar pelo fato da Comissão ser um órgão do Partido e enquanto tal, regularmente prestava contas das suas atividades nos boletins do PT, que circulavam na massa da militância. Ademais, a Comissão distribuía um informativo próprio, o PT-Shalom!, que era distribuído para todas as instâncias do PT. Sempre senti muito incentivo por parte das lideranças do Partido. Obviamente o Lula conhecia o trabalho da Comissão e nunca recebi qualquer observação negativa de sua parte. Em 1986, a Comissão elaborou para ele um "Perfil da Comunidade Judaica de São Paulo" para orientá-lo na campanha eleitoral, um material, aliás, muito elogiado pela sua assessoria. Particularmente, ele dirigiu para mim palavras muito gentis de incentivo quando fui candidato do PT em 1990. Recordo-me quando ele pegou o meu filho Leon no colo e brincou com ele. O Zé Dirceu, na época presidente do PT paulista, participou de várias iniciativas da Comissão e há o registro de um depoimento por ele realizado que foi publicado no livro já citado Política das Minorias - O Caso dos Judeus no Brasil. O Eduardo Suplicy manifestou em 1987 seu desejo em visitar a Congregação Israelita Paulista e sua demanda foi prontamente atendida pela Comissão. A visita foi um grande sucesso e o único problema foi a dificuldade do Suplicy equilibrar na cabeça a kipá a ele fornecida pela Comissão...
Como você pondera o relacionamento da comunidade judaica com o governo Lula, agora presidente de todos os brasileiros?
A ascensão ao poder de Luís Inácio Lula da Silva, o primeiro presidente de origem popular da história da República brasileira é por si só um fato político e cultural de peso extraordinário. Sem nenhum exagero, o simbolismo da vitória de Lula pode efetivamente magnetizar novas esperanças e expectativas no povo brasileiro, particularmente nos setores populares, tradicionalmente excluídos da participação efetiva na vida do País. Ao mesmo tempo, a nova situação que se descortina a partir deste acontecimento suscita uma série de dinamismos que podem desatualizar - e desqualificar - qualquer análise que prescinda da necessária e indispensável preocupação em avaliar o amplo leque de variáveis que justamente pautam o exercício da política no Brasil. A política brasileira é um tema difícil de ser compreendido na sua plenitude. Menos ainda quando as ferramentas de análise obedecem antes à pressa do que a meditação, mais a contingência do que as visões de projeto. Mesmo estando afastado da militância partidária - mas não da atuação política - entendo que este momento é de suma importância para que todos os brasileiros, e aí se incluem os membros da nossa comunidade, atuem no sentido de repensar sua prática como cidadãos, pois o País necessita de reformas urgentes(3). Uma vez afastado para sempre o fantasma do "anti-semitismo petista", o que está reservado aos judeus brasileiros é o mesmo destino comum ao conjunto do povo brasileiro: mudar o nosso País para melhor, muito melhor. Tratemos, pois de aproveitar este momento!
Notas:
1) Excertos deste material estão disponíveis na seção de Religião do portal de Maurício Waldman na Internet: www.mw.pro.br
2) Esta entrevista está disponível na seção de Religião do citado portal.
3) Ver também a entrevista "A Asa Esquerda do Anjo", publicada na coletânea Paulicéia Prometida, disponível na seção de Religião do mesmo portal.
Comentarios
O PT - assim como seus aliados PSTU, PC do B, PCB e PCO - são sabidamente anti-Israel e grande parte deles sabidamente anti-semitas também. Dúvidas? O youtube está cheio de videos de "movimentos" e "congressos" bancados com dinheiro público (que o PT e o sr. Lula distribuem aos 'cumpanheiros'), onde israelenses são comparados e/ou chamados de nazistas e assassinos (entre outros), enquanto o terrorismo "palestino" é tratado como heroísmo, luta revolucionária e legítimo.
Lembrando de uma de suas muitas viagens, Lula fez um tour pelo Oriente Médio, visitando praticamente todos os países da região, menos Israel, claro. Motivo? Quem sabe...
Condenações por parte do infeliz governo brasileiro não faltaram quando Israel se defendia de "palestinos" e libaneses que atacavam civis judeus, mas nenhuma foi ouvida quando estes deram início aos combates atacando Israel primeiro.
Já sobre Maurício Waldman, ele é um grande exemplo do que de mais repulsivo existe: alguem que usa sua 'condição' de judeu só quando pode tirar proveito dela. Alguém que só lembra que é judeu quando existe a chance de se beneficiar disso (chomsky?).
Aliás, judeu da forma como Waldman é, Trotsky também foi. E quantos judeus ele mandou assassinar em nome do seu socialismo?
socialismo e Judaísmo? Isso só mostra o quão ignorante ou desonesto (talvez os dois) esse senhor é. Lembra bem a idiotice do "cristianismo marxista" da ex-senadora Heloísa Helena...
E depois? Ele vai ser o que? Um homem gay que sente atração por mulheres? Um negro branco? Por favor!
BRINDE:
um aliado de Lula e do PT, que está num partido que é dos principais apoiadores do PT desde que foram criados dizendo no horário político gratuito (gratuito pra ele, que não paga imposto), usando esse tempo pra defender o fim de Israel.
http://www.youtube.com/watch?v=n8KPzBKsp0g
PT e a esquerda andam de mãos dadas destilando seu antiamericanismo e anti-semitismo doentio. Só não vê quem não quer.